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Manifestantes anti-Dilma tentam invadir no Palácio do Planalto

FERNANDO BIZERRA JR./EPA

Um grupo de manifestantes contra o Governo da presidente Dilma Rousseff e Lula da Silva tentou, esta quarta-feira, entrar no Palácio do Planalto, gerando alguma tensão.

Contudo, fonte da assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal confirmou à agência Lusa que a situação não envolveu violência.

Mais de uma hora após o início do protesto, agendado para as 17 horas (20 horas em Portugal continental), cerca de 300 manifestantes encontravam-se no local, embora divididos em dois grupos, um contra o executivo e outro a favor, de acordo com dados da mesma fonte.

Os grupos, que organizaram grandes manifestações no Brasil no passado domingo para exigir a demissão da Presidente Dilma Rousseff, convocaram novos protestos para esta tarde, depois de o ex-presidente Lula da Silva ter sido nomeado para ministro da Casa Civil.

Segundo a rádio de notícias CBN, mais tarde chegou ao local um grupo mais pequeno de pessoas a favor do Governo e a Polícia Militar encarregou-se da separação dos manifestantes de ambas as partes.

Deputados da oposição, que participaram na manifestação, entregaram um documento de protesto contra a nomeação de Lula da Silva a um representante do Palácio do Planalto, mas não conseguiram entrar no prédio, de acordo com a mesma rádio.

A CBN descreveu que homens do exército foram chamados ao local, bem como da Polícia do Distrito Federal para controlar o trânsito na principal via da capital brasileira.

Entretanto, o movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre convocaram para esta noite um protesto durante o Jornal Nacional contra a nomeação de Lula da Silva como ministro.

A escolha do ex-chefe de Estado para um dos mais altos cargos no país é vista como uma manobra política, numa altura em que a Presidente Dilma Rousseff arrisca um processo de impugnação.

Além disso, ao entrar para o Governo, Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, que trata de um esquema de corrupção em várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras, passa a ter imunidade, podendo apenas ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal.

Redação