Cultura

A fragilidade poderosa de James Bay no Marés Vivas

James Bay Artur Machado

O horário nobre do palco principal, na segunda noite do Marés Vivas, foi preenchido por James Bay, o cantautor britânico que tem colecionado prémios e nomeações com o seu álbum de estreia, "Chaos and the calm".

O rapaz de Hitchin, uma pequena cidade mercantil no leste da Inglaterra, consegue esta coisa rara que é anular a contradição entre o registo intimista e o ambiente de festival. Os seus temas emocionais e interiores saem projetados com grandiloquência para a multidão, que é aturdida pela sinceridade da sua voz frágil e poderosa.

James Bay inscreve-se na tradição de cantores como Neil Young, Bob Dylan ou Joni Mitchel (influências que aliás reclamou em entrevista ao JN), vozes idiossincráticas e portadoras de verdades universalmente reconhecidas.

O público que atafulhou a plateia com vista sobre o rio Douro fez coro afinado em temas como "Let it go", "Hold back the river" ou "Scars", e o espetáculo atingiu píncaros emocionais de deixar o mais cético arrepiado e comovido.

Antes do concerto, James Bay esteve à conversa com o JN. Reveja a entrevista.

Ricardo Jorge Fonseca