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Missa pelas vítimas em Trèbes e homenagem nacional ao polícia herói

Supermercado de Trèbes onde o atacante foi abatido GUILLAUME HORCAJUELO/EPA

Uma missa em memória das vítimas do ataque jiadista de sexta-feira no sul de França realiza-se este domingo em Trèbes, antes de uma homenagem nacional ao oficial de polícia morto depois de se entregar ao atacante para salvar um refém.

A missa estava agendada para as 10.30 horas (09.30 horas em Portugal continental), na pequena cidade de Trèbes, perto da cidade fortificada de Carcassonne, onde o jiadista perpetrou na sexta-feira um dos seus ataques, num supermercado.

A cerimónia é presidida pelo bispo de Carcassonne e Narbonne na igreja Saint-Étienne de Trèbes, em homenagem aos quatro mortos e aos três feridos no atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

A homenagem nacional a Arnaud Beltrame, "caído como um herói", segundo o presidente francês, Emmanuel Macron, e cuja morte emocionou fortemente o país, foi anunciada no sábado, no final de um conselho da Defesa no palácio presidencial do Eliseu, mas a data não foi ainda divulgada.

Radouane Lakdim, um cidadão francês de origem marroquina de 25 anos, apresentou-se na sexta-feira como "um soldado" do EI.

Embora estivesse sinalizado pelos serviços secretos, "pensávamos que não tinha sido radicalizado", disse o ministro do Interior francês, Gérard Collomb.

Na residência do jiadista, em Carcassonne, os investigadores encontraram "notas fazendo alusão ao Estado Islâmico" e assemelhando-se a um testamento, segundo fontes concordantes.

Paralelamente, duas pessoas foram detidas: um jovem de 17 anos, apresentado como amigo de Radouane Lakdim, e a sua companheira.

O atacante, que tinha em sua posse uma arma de fogo, uma faca de mato e três engenhos explosivos artesanais, segundo uma fonte judicial, foi abatido a tiro pelas forças da ordem depois de ter feito reféns num supermercado em Trèbes.

Antes disso, tinha roubado uma viatura, matando o passageiro e ferindo gravemente o condutor, o cidadão português Renato Silva, e disparado sobre polícias, ferindo um deles.

Durante a tomada de reféns, que já tinha feito dois mortos, um tenente-coronel da guarda nacional francesa, de 44 anos, propôs-se tomar o lugar de uma mulher que o jiadista tinha tomado como alvo. Gravemente ferido a tiro e esfaqueado pelo atacante, Arnaud Beltrame sucumbiu no sábado aos ferimentos.

Redação