O terrorista marroquino que protagonizou na sexta-feira o ataque no sul de França estava a ser seguido pela polícia espanhola depois de ter sido detetado em várias operações relacionadas com droga, segundo o Governo de Espanha.
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O ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, disse, este sábado, aos jornalistas que as autoridades do país têm conhecimento que o autor do ataque em França esteve "em alguma ocasião" em Espanha, mas nunca foi detetado em operações "relacionadas com terrorismo".
O ministro adiantou que o marroquino Redouane Lakdim, 26 anos, fazia parte de uma organização criminosa envolvida em narcotráfico e crime organizado, que terá passado do "sul de França para a Espanha", onde foi localizado.
O ministro afirmou ainda a disponibilidade do Governo espanhol em "continuar a trabalhar de forma leal com os países" vizinhos sobre terrorismo, especialmente com França, lembrando que Espanha mantém "segurança de nível quatro, reforçada pelos ataques em Barcelona e Cambrils".
Segundo a imprensa francesa, Lakdim estava a ser seguido pela Direção Geral da Segurança Interna por alegada participação ativa em páginas de movimentos radicais islâmicos, nas redes sociais. No entanto, apesar de estar na mira das autoridades, o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, esclareceu que o suspeito não podia ser encarado como "um radical que pudesse passar à ação".
O ataque ocorreu em Carcassonne e Trèbes, no sul de França, e provocou quatro mortos, incluindo o atacante, estando um português entre os feridos graves.
O atacante sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.