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Análise aos restos mortais de Maëlys comprova violenta agressão mas afasta violação

Mayëlis de Araújo desapareceu a 27 de agosto DR

Os últimos exames periciais aos restos mortais de Maëlys, a menina luso-descendente de nove anos que foi assassinada em França, não revelam indícios de que tenha sido violada.

Três meses depois da descoberta dos restos mortais da menina luso-descendente, que desapareceu a 27 de agosto de 2017 durante uma festa de casamento em França, os especialistas forenses apresentaram as suas conclusões.

A conclusão de que não há indícios de violação da criança coincide com a versão do cidadão francês formalmente acusado do homicídio, Nordahl Lelandais, de 35 anos. "Não há qualquer elemento que permita afirmar que ele tenha violado a criança", disse fonte citada pela imprensa francesa.

Os exames revelaram uma fratura na mandíbula da menina antes da morte, causada por um ou mais agressões violentas, acrescentou a mesma fonte. Estas agressões causaram a morte de Maëlys. "Não há outra lesão, nenhuma outra fratura ou fissura, apesar do exame muito detalhado feito aos seus ossos e crânio", sublinha.

Nordahl Lelandais confessou perante um juiz que a menina entrou no seu carro para ir ver os seus cães. Mas no caminho, a criança terá entrado em pânico e pedido para voltarem para trás, aos gritos, e Nordahl Lelandais disse ter então "dado uma bofetada com as costas da mão, violenta, na cara" da menina, sentada à sua direita, no lugar do pendura, enquanto ele conduzia, relatou fonte próxima do inquérito. Vendo a criança desmaiada, parou e, ao tomar-lhe o pulso, "constatou que ela já não respirava".