O funeral da menina lusodescendente Maëlys de Araújo, assassinada em França, no verão passado, vai realizar-se no sábado, um dia depois de terem sido conhecidos os resultados das análises aos restos mortais da criança.
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O corpo, encontrado há três meses, foi agora entregue aos pais da criança. O funeral decorrerá amanhã em Tour du Pin, vila de oito mil habitantes, no norte de Isère.
A cerimónia, que começará às 12.30 horas (11.30 horas em Lisboa), "será aberta ao público", até ao limite de 400 pessoas, mas não será aberta à imprensa, de modo a garantir um momento de "recolhimento" reservado à família e amigos. De modo a permitir que o máximo de pessoas possa assistir à cerimónia, foi instalado um ecrã gigante no exterior da igreja onde decorrão as cerimónias fúnebres.
Os últimos exames periciais aos restos mortais de Maëlys, não revelam indícios de que tenha sido violada. A conclusão coincide com a versão do cidadão francês formalmente acusado do homicídio, Nordahl Lelandais, de 35 anos. "Não há qualquer elemento que permita afirmar que ele tenha violado a criança", disse fonte citada pela imprensa francesa.
Os exames revelaram uma fratura na mandíbula da menina antes da morte, causada por um ou mais agressões violentas, acrescentou a mesma fonte. Estas agressões causaram a morte de Maëlys. "Não há outra lesão, nenhuma outra fratura ou fissura, apesar do exame muito detalhado feito aos seus ossos e crânio", sublinha a mesma fonte.
Maëlys desapareceu a 27 de agosto de 2017, de uma festa de casamento onde estava com os pais, em Pont-de-Beauvoisin. O ex-militar francês Nordahl Lelandais, que se tornou o principal suspeito do desaparecimento, confessou há meses o rapto e o homicídio.