Uma corrida ilegal de automóveis ("street racing") na ponte Vasco da Gama, na madrugada de ontem, terminou com um morto e sete feridos ligeiros, três dos quais necessitaram de tratamento hospitalar. O acidente envolveu cinco viaturas (quatro das quais participavam na corrida) e volta a colocar na ordem do dia as questões relacionadas com o controlo deste fenómeno e com os problemas da segurança rodoviária a ele associados (ver texto em baixo).
Segundo fonte da Brigada de Trânsito da GNR, o sinistro ocorreu pelas 1.20 horas, ao quilómetro 4,8 daquela travessia, no sentido Norte/Sul (Sacavém/Montijo). Devido à "velocidade excessiva" em que seguiam os veículos que participavam na corrida (dois Honda Civic e dois Citröen Saxo, um dos quais alterado), os condutores acabaram por perder o controlo e entrar em despiste, colidindo entre si e com uma carrinha Renault, na qual seguiam quatro pessoas.
Do acidente resultou um ferido grave, um jovem de 25 anos, que seguia num dos veículos que participava na corrida, e que acabou por morrer no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. A vítima sofreu vários traumatismos, entre os quais, abdominal e craniano, não tendo reagido favoravelmente às manobras de reanimação.
Seis outras pessoas, com idades entre os 21 e os 44 anos, sofreram ferimentos ligeiros. Três recusaram tratamento médico e as restantes foram transportadas ao Hospital de Santa Maria. Segundo Ângela Sá, médica desta unidade de saúde que esteve envolvida nas operações de socorro, duas das vítimas receberam alta durante a madrugada. A terceira, o condutor da carrinha Renault, foi transferida para a sala de trauma do Hospital de São José, devido a um traumatismo craniano.
Devido à violência do choque, os veículos ficaram espalhados por um raio de 200 metros, o que obrigou ao corte total do trânsito no sentido Norte/Sul até às 2.24 horas, altura em que reabriu a faixa da esquerda. A circulação só seria totalmente restabelecida pelas 4.45 horas.
As circunstâncias em que ocorreu o acidente estão a ser alvo de um inquérito por parte do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Setúbal.
Nas operações de socorro estiveram 14 bombeiros de Sacavém, apoiados por quatro ambulâncias e um carro de desencarceramento.
