São já 150 os portugueses inscritos na Virgin Galactic para uma viagem ao espaço, ainda nem construídas estão as naves com que o grupo de Richard Branson quer tornar universal a realização de um sonho que também o é. Bom, uma universalidade restrita a quem tenha 200 mil dólares a sobrar-lhe, qualquer coisa como 151 mil euros. Muito, mas ainda assim cem vezes menos do que aquilo que teve de desembolsar o primeiro turista espacial.
O empresário de turismo Mário Ferreira foi o primeiro deles. Deu o nome em 2004, o que faz dele um dos cem "fundadores" do projecto. Tanto e de tal forma que associou ao feito a empreitada da criação da primeira agência de viagens portuguesa especializada em viagens galácticas. E a "A caminho das estrelas SA" está já em fase de negociações finais com a Virgin Galactic para conseguir a representação exclusiva em Portugal.
Mas terá o país da tanga clientes para semelhante projecto? "É claro que não é um produto que se vá massificar logo de início. Mas se vendermos dez ou vinte viagens por ano, não será nada mau", admitiu o empresário ao JN. Porque a ideia de Mário Ferreira é bem mais ampla responder antes de qualquer outro ao futuro que se adivinha, com viagens siderais e produtos muito mais vivos, como hotéis no espaço.
"Já tenho uns oito interessados em Lisboa e no Porto, que acredito estarem mesmo prontos a avançar", confessa o empresário, que se inscreveu para experimentar "a gravidade zero" e, claro, "tirar algumas fotos". Esse sonho, pensa concretizá-lo "lá para finais de 2008". O outro, o de lançar o negócio, é bem mais concreto. E um perfeito exemplo de como a conquista no espaço pode ter ganhos bem terrestres.
