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Muitos dos populares concentrados hoje à porta do Tribunal de Torres Novas concordaram com a decisão judicial de manter transitoriamente a menor Esmeralda Porto com Adelina Lagarto, que cria e educa a criança desde os três meses de idade.
O marido de Adelina Lagarto, o militar Luís Gomes, encontra-se a cumprir seis anos de cadeia pelo crime de sequestro agravado da menor.
"Eles é que são os pais verdadeiros, o pai biológico só foi para a fazer", afirmou Maria Gomes, uma entre as dezenas de populares que aplaudiu o casal à chegada ao Tribunal.
Os populares insultaram o pai biológico, Baltazar Nunes, à entrada da conferência entre as duas partes e muitos mantiveram-se em frente ao edifício a aguardar a sua saída.
No entanto, o pai biológico, que à chegada ao Tribunal foi alvo de uma tentativa de agressão, saiu do edifício por uma porta secundária e não foi sequer avistado por qualquer dos populares.
"Aqui só há interesse monetário, o que ele quer são 36 mil euros de indemnização", acusou Josefina Pereira.
Já para José Gomes, a menina deve ficar "para sempre" com o casal, porque "são eles que a quiseram quando mais ninguém a quis".
Durante a tarde de hoje a Polícia afastou os populares do interior do edifício, conduzindo-os para a escadaria em frente à entrada principal, onde se concentraram durante as cerca de quatro horas que demorou a conferência que atribuiu a guarda transitória da criança a Adelina Lagarto.
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