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P elo segundo ano consecutivo, a RTP1 volta a exibir o concurso "A herança de Verão". A estreia está marcada para o início de Julho e cabe novamente a Tânia Ribas de Oliveira a condução do programa.
"No ano passado, por ser a primeira experiência, o risco foi maior. Este ano espero que seja a certeza", disse a apresentadora ao JN, momentos antes do início da gravação de mais uma emissão.
"É um jogo que conheço, tenho bases totalmente diferentes das do passado", explicou, acrescentando que se considera "mais segura" nesta tarefa. Em parte por a equipa que agora a acompanha ser a mesma que produziu "Lingo", o concurso diário das tardes da RTP1, que Tânia Ribas de Oliveira conduziu nos últimos meses.
Em relação à versão anterior e à nova edição, é na segunda parte, "Duelo final", que os espectadores vão notar diferenças. É que, desta vez, o dinheiro acumulado pelos dois finalistas na primeira parte vai passar da mão de um para a de outro, durante esta fase, até ser apurado aquele que estará na final, ou seja na "Guilhotina". "Só mesmo no final é que se sabe", garantiu.
Quanto à prestação dos concorrentes nesta nova série de programas, a apresentadora revelou que são "divertidos, brilhantes mesmo", e que até meio das gravações tinham já sido entregues "sete ou oito" prémios.
Empatia com o público
Dentro do estúdio, a empatia que se gera entre apresentadora, concorrentes e público é mais visível nas pequenas pausas das gravações. Aliás, enquanto se montava a mesa para a prova final, foi de uma espectadora que partiu a iniciativa de se cantar os "Parabéns a você" a Tânia Ribas de Oliveira, que tinha celebrado o 31.º aniversário na véspera.
Esta última também não fica indiferente às pessoas que vai conhecendo ao longo dos programas. Foi um concorrente dos Açores, participante na edição anterior, que até agora a impressionou mais. "Estava a viver sozinho em Lisboa, para estudar no Técnico. Era muito divertido, com uma cultura geral acima da média para a idade dele. E ao fim de cinco noites não conseguiu levar a herança", lembrou.
Mas é, no seu entender, o risco que os concorrentes correm que prende os espectadores ao ecrã. "Se todos conseguissem levar um prémio, não era tão divertido e não cativava as pessoas para o programa. Todos os concorrentes que se inscrevem sabem que não é fácil".
Preparação
Para se preparar para a apresentação de programas, costuma ver os formatos originais de cada um. Neste caso, as versões emitidas em Itália e na França. "Estudo muito os silêncios, as pausas. Gosto de não estar presa a uma regra e poder ser espontânea, é uma marca minha que gosto de ter. Se tiver de dar uma gargalhada, dou", explicou.
Apesar de o programa ser gravado previamente, é considerado "live on tape". Ou seja, cada emissão tem poucas pausas e é feita como se de um directo se tratasse, embora sem a pressão destas emissões. "Trato 'A herança' como se fosse um directo, tento fazer tudo de seguida. Dá-me frieza de raciocínio".
Quanto ao seu formato preferido, a escolha recai sobre o "1, 2, 3", que "marcou os portugueses". Um concurso "familiar" que levou as pessoas a "habituar-se a jogar em casa".
Nos projectos futuros está a frequência em mais um curso para apresentadores ministrado pela RTP e um outro projecto televisivo, do qual diz ainda ser cedo para falar.
