A primeira exposição de peças de Dorita Castel'Branco desde a sua morte, há 10 anos, é inaugurada, depois de amanhã, na Galeria de Arte do Casino Estoril, constando de 40 trabalhos entre esculturas, desenhos, pinturas e medalhas.
Uma escultura representando um torso feminino é, segundo o director da galeria, Nuno Lima de Carvalho, "uma das principais peças desta mostra", que inclui "um significativo número de medalhas", área onde o traço da artista "se tornou também inconfundível".
Os trabalhos, que estarão expostos até 7 de Março, pertencem ao filho da artista plástica, falecida a 23 de Setembro de 1996.
"Era uma mulher de grande fibra, franzina e com grande força. No dia anterior ao da sua morte, pediu a uma amiga que morava no Restelo para lhe emprestar a janela da sua casa para ver o concerto da Tina Turner, no estádio de Os Belenenses", recordou Lima de Carvalho.
Nascida em Lisboa, em 1936, Dorita Castel'Branco faleceu aos 60 anos, "após alguns anos de grande sofrimento".
Ao longo da sua carreira participou em 70 exposições colectivas e realizou 24 individuais.
Quando morreu, o Museu das Caldas da Rainha tinha patente uma exposição sua que foi prolongada", lembrou Lima de Carvalho.
Dorita assina 35 esculturas ou conjuntos escultóricos colocados em vários espaços públicos e em edifícios, nomeadamente Palácios da Justiça.
O atelier da artista localizava-se no espaço municipal do Palácio do Coruchéus em Lisboa, cidade onde estão expostas duas obras suas uma escultura em bronze de homenagem ao emigrante, frente à estação ferroviária de Santa Apolónia, e, no Restelo, o conjunto em granito intitulada "Homem e mulher símbolos do amor".
Além de Portugal, há obras de Dorita Castel'Branco em Brasília, Rio de Janeiro, Caracas e na Ilha de Taipa, em Macau.
