Angola/Vistos Trabalho: Construtores pedem "intervenção urgente" dos meios diplomáticos portugueses
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Porto, 25 Jul (Lusa) - As dificuldades na obtenção de vistos de trabalho para laborar em Angola motivou hoje a federação do sector da construção a fazer ao Governo um pedido de "intervenção urgente" dos meios diplomáticos portugueses junto das autoridades angolanas.
Em comunicado, a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) afirma estar "preocupada" com as dificuldades que as empresas portuguesas com obras em Angola estão a encontrar na obtenção de vistos de trabalho naquele país para os seus colaboradores.
A situação, "de tal forma preocupante", levou a federação a dirigir-se ao primeiro-ministro, José Sócrates, e aos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e da Economia e Inovação, com um pedido de "intervenção urgente dos meios diplomáticos portugueses junto das autoridades angolanas", refere.
Na carta enviada aos membros do Governo, a FEPICOP diz ter salientado que "o mercado angolano tem uma relevância estratégica assinalável no processo de internacionalização das empresas portuguesas do sector".
Face às relações institucionais e de cooperação "ao mais alto nível" existentes entre os dois países, para a federação são assim "incompreensíveis" as dificuldades com que as empresas que exercem actividade em Angola se confrontam para a atribuição, pelas autoridades consulares locais, de vistos de trabalho aos seus colaboradores.
"Há sistematicamente atrasos de vários meses, face ao momento de entrada dos requerimentos, na concessão dos vistos, o que torna dramático o exercício da actividade das empresas portuguesas a laborar em território angolano", explica ainda a FEPICOP.
A federação atenta por isso para os "elevados prejuízos para a própria economia daquele país" que gera esta situação, na medida em que "coloca em risco a conclusão atempada de infra-estruturas fundamentais para o seu desenvolvimento".
No documento enviado ao executivo de José Sócrates, o organismo representativo do sector da construção português pede que sejam desencadeados os mecanismos diplomáticos necessários para ultrapassar "este problema", frisando que as empresas não encontram em Angola quadros especializados em número suficiente para satisfazerem os compromissos assumidos.
ICO.
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