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É um dado adquirido o estádio do Leça vai ser colocado à venda em hasta pública, depois da Direcção leceira não ter conseguido reunir 50 mil euros para saldar mais uma prestação da dívida que mantém com o Fisco e a Segurança Social.
O clube realizou uma assembleia-geral, na semana anterior, mas o resultado da mesma não produziu qualquer solução para o problema. A esperança do presidente do Leça, Mário Sá, vira-se agora para a Câmara Municipal de Matosinhos e as garantias dadas pelo presidente Guilherme Pinto "Em princípio, o estádio vai ser vendido dentro de dias. Fiz tudo para que a situação não chegasse a este ponto, mas o problema vem de trás. Sabemos que a autarquia está atenta ao processo e tenho a certeza que nos vai ajudar".
"Tenho que garantia do presidente Guilherme Pinto que o espaço onde se situa o estádio do Leça será sempre para utilidade desportiva. O terreno deverá ser vendido pela melhor oferta e há credores do clube que poderão estar interessados. A partir daí, temos a esperança que possa existir um acordo entre o futuro proprietário e a Câmara Municipal, passando o estádio a ser municipalizado, uma política que tem vindo a ser desenvolvida no concelho e que já beneficiou outras colectividades", explica Mário Sá, que vê na autarquia uma espécie de tábua de salvação para a actual situação preocupante que vive o emblema verde-e-branco.
O líder leceiro herdou a difícil situação financeira do clube há quatro anos e desde daí não tem tido tarefa fácil para tentar erguer um emblema que há oito anos disputava o principal campeonato do futebol português. O principal problema para a viabilidade do clube são as dívidas ao Fisco e Segurança Social, num valor de 150 mil euros. "Carrego esta cruz há longos anos. O Leça não merecia isto", diz, amargurado, Mário Sá. Arnaldo Martins