Aviação: Presidente do Aeroporto de Lisboa nega que taxas aeroportuárias impossibilitem expansão da Ryanair
Corpo do artigo
Lisboa, 21 Nov (Lusa) - O presidente do Aeroporto de Lisboa negou hoje que as taxa aeroportuárias praticadas pela gestora aeroportuária ANA impeçam a expansão da companhia aérea de baixo custo Ryanair, sublinhando que os valores cobrados "estão dentro da média" europeia.
Francisco Severino reagia assim às declarações do presidente da Ryanair, Michael O'Leary, que, na terça-feira, afirmou que a companhia aérea de baixo custo ainda não criou uma base no Porto devido às elevadas taxas praticadas pela ANA, o que tem condicionado o seu crescimento na região.
"Se a ANA concordar com os termos da Ryanair, os passageiros transportados [pela companhia] no Porto poderão passar de um para três milhões/ano, 80 por cento dos quais seriam visitantes oriundos de toda a Europa com vontade de conhecer a região, com as enormes vantagens daí decorrentes", afirmou na terça-feira O'Leary em conferência de imprensa no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Questionado pelos jornalistas à margem da conferência "Diálogo com a Indústria Europeia do Transporte Aéreo sobre Capacidade Aeroportuária", que decorre hoje, em Lisboa, Francisco Severino disse que as taxas praticadas pela ANA não condicionam "de maneira nenhuma" a expansão da companhia aérea irlandesa de baixo custo em Portugal.
"As taxas aeroportuárias dos aeroportos portugueses estão dentro da média europeia", afirmou o director do Aeroporto de Lisboa, salientando que "as taxas aeroportuárias têm tido aumentos abaixo da inflação".
Na ocasião, presidente da Ryanair apelou tembém à gestora dos aeroportos portugueses para "dar ao Porto a liberdade para ser mais criativo e trabalhar com a Ryanair", admitindo que, caso a companhia receba uma boa proposta da ANA, o Porto venha a ser uma das próximas bases a criar.
Com um total de 463 rotas e 23 bases em vários países, a Ryanair transportou 50 milhões de passageiros este ano, praticando uma tarifa média de 44 euros.
Em Portugal, onde opera nos aeroportos de Faro e do Porto, com 17 rotas, a Ryanair transportou 1,3 milhões de passageiros em 2006 e é responsável por 1.300 postos de trabalho e 200 milhões de euros de gastos em turismo.
Do Porto, onde iniciará cinco novas rotas entre Novembro e Dezembro, a Ryanair voa para Madrid, Valência, Barcelona, Dublin, Bristol, Paris, Marselha, Liverpool, Londres, Frankfurt, Milão, Pisa e Estocolmo.
CSJ/PD.
Lusa/Fim
