A Câmara do Porto já tem propostas para a realização de provas automobilísticas a contar para campeonatos oficiais no Circuito da Boavista. Corridas com carros actuais e não apenas veículos antigos, como a prova que vai acontecer dentro de quatro meses. A autarquia só admite acolher as provas oficiais se a corrida de Julho "correr bem".
Rui Rio acrescentou que, caso o saldo seja positivo, a "ambição" é organizar um circuito de clássicos na Boavista de dois em dois anos, alternando com a organização do grande prémio similar, no Mónaco.
O autarca acredita que a iniciativa vai atrair "muitos milhares de pessoas" à cidade. "Se há 45 anos conseguimos ter 100 ou 120 mil pessoas, como não será este ano?", salientou, acrescentando que a organização até pode resultar em lucro. Basta, para isso, que a organização seja mesmo repetida, para que os custos passem a ser encarados como investimentos para as realizações futuras. Além disso, lembrou, vai haver 15 mil lugares em bancadas, com bilhetes a pagar.
A autarquia assinou, ontem de manhã, um protocolo com 13 instituições (nacionais e espanholas) com vista à "promoção, divulgação e realização do Grande Prémio do Porto".
Na cerimónia, Rui Rio aproveitou para lançar recados aos críticos da realização da iniciativa. "Estou preocupado. Qualquer coisa que se faça no Porto está sempre mal. Estamos a arranjar a Boavista, está mal. Tentamos resolver o Túnel de Ceuta, há problemas. Queremos fazer o Circuito da Boavista e já li críticas a dizer que só sei fazer corridas de calhambeques e que tenho obsessão por carros antigos. A cidade do Porto, para andar para a frente, não pode ser assim", referiu o autarca.
Rui Rio destacou, ainda, os benefícios do Circuito da Boavista no que diz respeito à promoção da cidade e o entusiasmo com que a prova tem sido acolhida noutros países, onde tem sido divulgada. H.S.
