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Afinal, ficou (quase) tudo na mesma. A grande diferença é que se esgotaram mais 90 minutos na longa maratona que termina em Maio. Nos jogos entre os oito primeiros classificados, o empate foi o denominador comum. Assim, o Vizela, que até esteve a vencer em Barcelos, aguentou a liderança, pois o Rio Ave também não foi capaz de ultrapassar o Beira-Mar. Na Trofa, mais do mesmo, com a equipa de António Conceição a deixar fugir a vitória nos instantes finais. Pela manhã, no jogo que abriu a ronda, Varzim e Estoril ficaram-se pelo nulo, num jogo onde só faltou o sabor doce dos golos. E segue, assim, o comboio dos duros em direcção à Liga. Há mais de 12 passageiros. Essa é, por exemplo, uma das ideias a reter do discurso de Diamantino Miranda, treinador do Varzim, que admitiu que a sua equipa é uma das que faz parte do lote de uma dúzia de candidatos à subida.
Quem aprecia futebol e a arte de enviar a bola para o aconchego das redes, não pode deixar de saudar o regresso de Reguila. O artilheiro do Trofense está de volta, após grave lesão, e mantém intacto o instinto matador. Facturou frente ao Santa Clara e, por pouco, não foi o herói da partida. O espectáculo só ganha com jogadores deste calibre.
Com a onda de empates, aliada à vitória na deslocação a Santa Maria da Feira, o Olhanense foi um dos grandes beneficiados da ronda, saltando duas posições na tabela (do 9.º para o 7.º lugar). A par da equipa algarvia, o Freamunde foi a outra formação a vencer fora de portas, deixando o Portimonense, que já trocou de treinador, tendo entrado Vítor Pontes para substituir Luís Martins, em maus lencóis. A equipa de Portimão caiu mesmo para a linha-de-água, pois o Gondomar, pela primeira vez na presente época, festejou uma vitória, desta feita, diante do lanterna-vermelha Penafiel. Já o Fátima, sem surpresa, superou o Aves.
