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A principal testemunha de acusação de um alegado crime de incêndio atribuído a um bombeiro de Ponte de Lima, de 22 anos - que negou a autoria do fogo -, modificou, ontem, em tribunal, o seu depoimento. O militar da GNR, segundo a Lusa, comportou-se como um testemunha da defesa ao alterar substancialmente as suas declarações.
Na sessão do julgamento, o militar afirmou que o auto de notícia da GNR " não está conforme" o seu depoimento, garantido também não ter visto ninguém a atirar o quer que fosse para o monte. Referiu, ainda, que não reconheceu o arguido - filho de outro membro da GNR. Preocupado em avisar os bombeiros, não se apercebeu como o veículo do alegado incendiário abandonou o local.
Na altura dos acontecimentos, o militar contou, segundo o auto de notícia, que viu o arguido a parar a viatura na berma da estrada e atirar qualquer coisa para o monte, abandonando depois o local "a grande velocidade".
O incêndio, que remonta ao dia 5 de Junho de 2006, deflagrou, em S. João da Ribeira, e consumiu cerca de dois hectares de área florestal. Mas segundo a acusação o arguido ficou no local para se certificar que o monte arderia, o que provocaria um prejuizo de 100 mil euros.
