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Jerónimo de Sousa pretende reforçar o número de votos na CDU, no cículo de Leiria, e voltar a eleger, a 20 de Fevereiro, um deputado, o que não acontece há 20 anos. Durante uma acção de campanha, ontem à tarde, na Marinha Grande, o secretário-geral do PCP espalhou confiança aos populares que encontrou na rua e no interior de estabelecimentos comerciais.
Por entre apertos de mão e beijinhos, ouviu palavras de incentivo, assim como críticas à classe política. O candidato ouviu lamentos de quem diz estar "farto de promessas" e de "conversas" e até houve quem recomendasse "É altura de mudar o rumo dos acontecimentos".
No final, Jerónimo de Sousa mostrou-se "confiante", apesar de a Marinha Grande de hoje "não ser a de 1974". A CDU é ainda a segunda força política do concelho, tendo perdido as últimas eleições autárquicas por escassa margem de votos. O secretário-geral do PCP confia, por isso, "na juventude trabalhadora e nos eleitores que deixaram de acreditar nos outros partidos" para eleger Jorge Amador, o cabeça-de-lista por Leiria.
"Tendo em conta as inquietações do distrito, como o aumento do desemprego, temos consciência de que Leiria precisa de uma voz mais forte, que leve os seus problemas ao Parlamento", salientou Jerónimo de Sousa, mostrando-se satisfeito com as mais recentes sondagens, onde a CDU regista uma subida "É para aqueles que diziam que o partido iria desaparecer". Mesmo assim, prometeu "fazer melhor" e provar que "nem todos os políticos são iguais". "As pessoas devem voltar a reencontrar-se com a cidadania", afirmou.
Sobre as investigações da Judiciária e as suspeitas que recaem sobre a presidente da Câmara de Leiria, o candidato optou por não fazer comentários, limitando-se a dizer que "o PSD pode ser prejudicado".
"PCP está pronto para governar"
O PCP é um partido de poder e "está pronto para assumir responsabilidades" governativas, afirmou, ontem, Jerónimo de Sousa. No arranque da rádio de campanha on-line da CDU, o secretário-geral acusou o CDS-PP de "estar pronto para atraiçoar o seu parceiro de coligação". Definindo como objectivos do partido a derrota da Direita e a conquista de mais votos e deputados, diminuiu o confronto entre PCP e BE. "Não é alternativa. A vida revelará as diferenças entre partidos conjunturais e de projecto", defendeu.
