Corpo do artigo
Évora, 01 Nov (Lusa) - O centenário Teatro Garcia de Resende, em Évora, acolhe sábado um concerto sinfónico de tango e pop espanhol, protagonizado pela Orquestra Filarmónica da Andaluzia (Espanha), dirigida pelo maestro argentino Juan José Garcia Caffi.
O espectáculo, segundo a Câmara Municipal de Évora, tem início marcado para as 21:30 e traduz-se na adaptação de músicas populares argentinas e espanholas para um registo das grandes orquestras, captada "de forma ímpar" pelo maestro argentino.
O concerto no Garcia de Resende é fruto de uma parceria entre o município de Évora, o Centro Dramático de Évora (Cendrev) e a Caja Duero.
O maestro Garcia Caffi, radicado há anos em Espanha, dirige pela segunda vez a Orquestra Filarmónica da Andaluzia, depois de, em 2004, já o ter feito, aquando de uma digressão sinfónica com o cantor Juan Manuel Serrat.
"Nasci na Argentina, estou radicado em Espanha, viajo por muitos sítios, pois, quem se dedica à música, à arte em geral, não tem sítio fixo. A sua casa é o mundo e a música é uma linguagem património da humanidade", explica o maestro, citado pela autarquia.
Nesta sua segunda deslocação a Portugal, Garcia Caffi dirige um espectáculo em que se conjugam trabalhos que fez e já apresentou com a Orquestra Filarmónica de Buenos Aires (Argentina), a Orquestra da Radiotelevisão Espanhola e a Orquestra Sinfónica de Barcelona.
A música de pop espanhol foi, inclusive, candidata a um prémio "grammy" nos Estados Unidos, como melhor obra sinfónica.
Nesta sua primeira vez em Évora, o maestro argentino elogia o Teatro Municipal Garcia de Resende, considerando-o "uma jóia".
"Já conheci bastantes [teatros], mas encontrar, assim de surpresa, um com estas características é muito pouco comum", afirmou Garcia Caffi, considerando que o Garcia de Resende está "muito bem tratado", além de possuir um desenho e arquitectura particulares.
Também citado pelo município, o maestro vaticinou que o concerto na cidade alentejana vai ser do agrado do público, servindo para mostrar que "as orquestras sinfónicas não servem só para fazer música clássica".
"Elas estão também ao serviço de diferentes expressões e, neste caso, da música popular, com um tratamento de altura e de profundidade sinfónicas", acrescentou.
RRL.
Lusa/Fim
