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"Gosto de farsas, falam sempre do seu tempo, olham para debaixo das saias da História, surpreendem-me, inspiram-me, ajudam-me a voltar a casa", diz Jorge Silva Melo, o encenador de "No papel da vítima", que hoje estreia no Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII), em Lisboa.
A peça, a partir do texto dos irmãos Presnyakov, foi estreada no Festival de Edimburgo 2003 e é trazida para Portugal pela mão dos Artistas Unidos, em co-produção com o TNDMII .
"Mal descobri os irmãos Presnyakov, percebi que o seu mundo em desordem, as suas histórias malucas, sórdidas, surpreendentes, o seu imparável carnaval moderno era um caminho que me interessava, uma história interrompida que eu queria reatar", acrescenta o encenador.
"No papel da vítima" é uma peça que funciona por montagem alternada: a uma sequência num interior familiar segue-se outra no local onde um crime foi cometido e uma reconstituição vai ter lugar. O clímax hilariante é dado pela reconstituição da reconstituição de um crime. As interpretações são de João Meireles, Joana Bárcia, Pedro Carraca, Américo Silva, Elsa Galvão, António Filipe, António Simão, Teresa Sobral, Isabel Muñoz Cardoso e Miguel Telmo. A peça fica em cena até 7 de Novembro.
