Corpo do artigo
O PCP/Porto não aceita que o futuro troço da Linha Verde (C) entre a Maia e a Trofa seja construído em via única. Lembrando que as freguesias mais populosas do concelho perderam o comboio há quase uma década na esperança da chegada do metro, o comunista Jaime Toga entende que a vontade governamental de executar, para já, a ligação em via simples será um erro e defraudará as expectativas da população.
"No caso da não duplicação da linha, fica em causa a sua própria rentabilidade pelo facto de passar a demorar mais de uma hora a ligação ao Porto, quando o comboio faz o percurso Trofa-Porto em 30 minutos", sublinha o PCP, em nota de Imprensa. Ao JN, Jaime Toga explica que os moradores e os lojistas na envolvente da EN 14 e nas freguesias de Santiago de Bougado e do Muro são os mais prejudicados. "Foram criadas enormes expectativas que caem por terra", indica.
O comunista sublinha que a Trofa não pode ser discriminada em relação aos restantes concelhos, que também perderam o comboio e já têm metro com via dupla (Matosinhos e Maia), realçando que, apesar do serviço de transporte alternativo por autocarros ser fraco, contabiliza cerca de 15 mil validações mensais. "Isso mostra que há potencial de crescimento. A maioria dos 15 mil utentes, que viajam mensalmente da Trofa, estuda e trabalha na Maia", assegura Jaime Toga, que não aceita que o traçado entre o ISMAI, na Maia, e a Trofa seja executado em via única, obrigando as composições a esperar para cruzar os 9,6 quilómetros de percurso. "Fica mais uma vez evidenciada a política discriminatória do Governo PS para com a região do Porto, mas também a passividade cúmplice da Junta Metropolitana do Porto que, de cedência em cedência, vai abandonando por completo o seu papel na defesa do desenvolvimento sustentado da Área Metropolitana", conclui. CSL