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OLeça está de regresso à 2.ª Divisão Nacional, um objectivo traçado no início da temporada pelo clube e cumprido a uma jornada do termo do campeonato. Depois de uma primeira volta brilhante, mantendo-se durante 14 jornadas sem perder, foi preciso esperar pela penúltima ronda para fazer estalar os foguetes. O triunfo difícil, por 2-1, frente ao Alijoense, anteontem, foi o suficiente para a equipa ver premiado o árduo trabalho desenvolvido ao longo da época.
"Foi um jogo difícil, dado o facto do nosso adversário ainda estar a lutar pela permanência. Também a ansiedade dos meus jogadores e alguma intraquilidade levou-nos a cometer alguns erros, mas, no final, vimos premiada a nossa atitude", referiu o treinador Jorge Madureira, que acaba por passar para segundo plano o título da série B da 3.ª Divisão. "O grande objectivo foi conseguido. Na última ronda, vou dar uma oportunidade ao jogadores menos utilizados, sem pensar no primeiro lugar. Não há nenhum título em jogo".
O segredo do sucesso esteve no forte espírito de grupo, abalado com a morte recente do presidente Mário Sá, a quem Jorge Madureira dedica a subida. "A morte dele abalou-nos bastante. Era o líder do grupo, era ele que transmitia força. No entanto, isso não deixou de acontecer. Com a morte dele, sentimos uma maior motivação para cumprir os objectivos e esta subida é inteiramente dedicada ao presidente", adiantou o treinador leceiro.
Com o desaparecimento de Mário Sá, o futuro de Jorge Madureira é, para já, uma incerteza."Sempre disse que se ele continuasse, eu também iria continuar. Neste momento, se a Comissão administrativa entender que eu devo continuar a treinar o Leça, eu fico".
A ambição será a mesma, mas ainda é cedo para se falar em 1.ª Divisão. "É difícil pensar dessa maneira, dadas as dificuldades do clube. Este é o lugar ideal. Vamos trabalhar com os pés no chão, criar bases para uma equipa forte e, depois, quem sabe, pensar num novo regresso", concluiu.