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Investigadores canadianos concluíram que as mulheres com seios pequenos - uma dimensão que dificulta a leitura por mamografia - têm um risco maior de contrair cancro da mama.
Os estudos realizados demonstraram que as mulheres com seios muito pequenos tinham quatro a seis vezes mais probabilidade de ter cancro de mama do que as mulheres com seios grandes, já que estes permitem uma melhor imagem.
Num artigo publicado no "New England Journal of Medicine", Norman Boyd, investigador do Instituto de Cancro de Ontário, no Canadá, afirmou que o volume do seio, por si só, pode ser um factor de risco de cancro da mama. Outros riscos são ter um familiar com essa forma de cancro, possuir um dos genes da doença e nunca ter sido mãe.
Diane Balma não tinha nenhum destes factores de risco, mas ficou preocupada quando sentiu um inchaço num dos seios há 11 anos, quando tinha 30 anos de idade. "Não fazia as mamografias regularmente", disse Diane Balma, que actualmente é directora na Fundação de Cancro da Mama. "Foi por acaso que dei com o tumor, era grande e profundo", realçou.
Foi fazer uma mamografia com urgência. "Não apareceu no exame", revelou. Balma tinha seios pequenos, os quais num exame com raios-x aparecem como uma massa de tecido esbranquiçada. Os tumores em mulheres com seios grandes normalmente aparecem com maior visibilidade.
O radiologista prescreveu a realização de um ultrasom, que revelou, com facilidade, a existência do tumor.
As estatísticas fazem prever que o cancro da mama vai ser detectado em 180510 homens e mulheres no decorrer deste ano nos EUA e irá matar 40900 doentes. A morte normalmente é consequência do diagnóstico tardio da doença. Apenas 5% das mulheres com menos de 40 anos são vítimas daquela forma de cancro.