Arranca nesta quinta-feira, dia 27, mais uma edição do Festival de Poesia de Vila Nova de Foz Côa, o evento literário mais antigo do país. Até sábado, dia 29, o festival, organizado pela autarquia local, tem para propor perto de quatro dezenas de atividades.
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A proximidade e a informalidade sempre foram pedras basilares do Festival de Poesia de Vila Nova de Foz Côa, cuja edição deste ano decorre a partir desta quinta-feira.
Fundado há 33 anos, numa altura em que eventos similares eram pouco mais que uma miragem, o festival tem acolhido ao longo dos tempos alguns dos mais destacados criadores e divulgadores literários.
É precisamente um destes que vai ser homenageado na presente edição. O ator João d'Ávila é uma presença assídua no festival coense desde as primeiras edições e vai receber no sábado à tarde, no pequeno auditório do Centro Cultural, o reconhecimento da organização pelo seu contributo contínuo para o engrandecimento do festival.
Intitulada "A palavra e a voz", a sessão vai consistir numa série de testemunhos de figuras que conviveram com o experiente ator ao longo dos tempos. Além de Jorge Maximino, diretor e fundador do festival, estão previstos depoimentos de figuras como da atriz Maria José Baião, do cineasta Rui Goulart, do dançarino Michel e dos escritores Mário Cláudio, José Viale Moutinho, Fernando Pinto do Amaral, Manuel Daniel e Teresa Martins Marques.
Os dois primeiros dias do evento vão estar virados sobretudo para o público escolar. Os encontros com alunos, em várias escolas do concelho, vão envolver autores como José Viale Moutinho, Carla Maia de Almeida, João Rasteiro, Casimiro de Brito, João Pedro Gama ou Zetho Cunha Gonçalves.
Há outras atividades na sexta. Como o lançamento do livro "Noite vertical", uma comunicação de Thierry Proença dos Santos intitulada "As vozes da ilha da Madeira: folheando os cadernos de poesia que as têm registado", assim como várias leituras de textos de autores como Álvaro de Campos, E. M. Melo e Castro ou Natália Correia. Deste dia também faz parte, às 22 horas, a performance "FDP - Filhos da Pátria", pelo coletivo de poesia Sindicato do Credo.
No sábado, além do tributo a João d'Ávila, há a registar a mesa-redonda "Poesia e pensamento. Novas leituras de Junqueiro, Pascoaes, Régio e David Mourão-Ferreira", a projeção da curta-metragem "Húmus", de Luís Costa, ou ainda leituras de textos de diversos autores contemporâneos.