
Bob Dylan vai atuar no Coliseu do Porto no dia 1 de maio
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A notícia apanhou de surpresa os fãs portugueses ao início da noite de ontem: Bob Dylan, mítico cantor e compositor norte-americano, vai dar um concerto a 1 de maio no Coliseu do Porto, palco onde atuou pela primeira vez em 1993 e a que regressou em 1999.
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O lendário bardo, que atuou em março de 2018 em Lisboa e cuja carreira começou em 1962 com um álbum homónimo, é autor de um cancioneiro notável, inscrito na memória coletiva mundial, e que inclui clássicos como "Just Like a Woman, "Blowin' in the Wind", "The Times They are A-Chagin", "Mr Tambourine Man" ou "Like a Rolling Stone".
Embora não seja fazer-lhe inteira justiça referir apenas essas músicas intemporais, registadas nos primeiros tempos de um percurso denso. Em 2006, mostrando uma frescura criativa assinalável, lançou o marcante "Modern Times", a mostrar que "Time out of mind" (1997), não tinha sido um acaso. Em 2017, Bob Dylan editou "Triplicate", o mais recente de estúdio e o seu primeiro triplo álbum, com 30 versões de clássicos da música norte-americana.
Os bilhetes para o Coliseu Porto Ageas vão estar à venda a partir de 5 de janeiro, nos pontos de venda habituais, a partir das 10 horas. Os preços começam nos 40€.
Cantor, poeta e Nobel
Aos 75 anos, Bob Dylan foi distinguido com o Nobel da Literatura 2016 "por ter criado novas formas de expressão poética no quadro da grande tradição da música americana".
Em Portugal estão publicados dois livros com letras de canções de Bob Dylan, que abrangem os álbuns publicados entre 1962 e 2001, pela Relógio d'Água ("Canções I e II"), enquanto o primeiro - e único, por enquanto - volume da sua autobiografia, "Crónicas", saiu pela Ulisseia, do grupo Babel, na coleção Afluentes da Memória.
Em 2007, a Quasi Edições publicou o livro de ficção "Tarântula," prosa-poema experimental de 1966, altura em que Bob Dylan editou o álbum "Blonde on Blonde" e teve um acidente de moto, que o obrigou a um período de recuperação.
Em 1993, a editora Fora de Texto, de Coimbra, publicou "No vento que passa", com poemas de Bob Dylan, traduzidos por Graça Nazaré.
*com Lusa
