A Netflix anunciou esta quarta-feira que adquiriu os direitos para produzir uma série baseada no clássico romance do realismo fantástico latino-americano, o livro "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez.
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É a primeira vez em mais de 50 anos que a família do escritor colombiano permite que a obra, uma das mais lidas e traduzidas do mundo, seja adaptada para uma produção audiovisual.
Os filhos do autor, Rodrigo e Gonzalo García, que até agora se recusaram a adaptar a obra-prima do Nobel, serão produtores executivos. Este será o terceiro grande projeto em espanhol da plataforma Netflix, depois de "Narcos" e "Roma".
Em entrevista ao jornal The New York Times os filhos do escritor, falecido a 17 de abril de 2014, disseram que seu pai recusou em vida, inúmeras ofertas. A sua preocupação era a de que a obra não se encaixaria bem num ou dois filmes.
Garcia Marquez também manifestava preocupação com o facto de que a linguagem da adaptação não fosse o espanhol. Mas ambas as questões levantadas pelo Prémio Nobel 1982 parecem ter sido atendidas pela Netflix, plataforma que se tem vindo a destacar pela diversidade geográfica e de linguagem de suas produções.
O projeto está ainda numa fase muito embrionária, mas a Netflix já garantiu que contratará apenas latino-americanos para produção, e que as filmagens decorrerão na Colômbia.
"Sabemos que será mágico e importante para a Colômbia e para a América Latina, mas o romance é universal", disse ao The New York Times Francisco Ramos, vice-presidente de produções em espanhol da Netflix.
Rodrigo e Gonzalo García serão os produtores executivos da adaptação. Este será o décimo projeto televisivo de Rodrigo, depois de ter dirigido capítulos de "Os Sopranos", "Sete palmos de terra", ou "A feira da magia", entre outros.
Em entrevista ao diário colombiano El Tiempo, Rodrigo García adiantou que a série se deverá estrear em meados de 2020.
"Acho que este é um bom momento para a série, e com o alcance da Netflix, acredito que o trabalho, o autor, a Colômbia e o mundo de Macondo chegarão a um público mais vasto", acrescentou.
Os produtores terminam com este trabalho a longa trajetória da obra do seu pai. Publicado em 1967, "Cem anos de solidão" vendeu cerca de 50 milhões de exemplares e foi traduzido em 46 línguas.
Ao êxito deste romance - fundamental para o reconhecimento internacional de Gabriel Garcia Marquez e fator chave para a atribuição do Nobel da Literatura -- se ficou a dever o 'boom' da literatura latino-americana dos anos 1960 e 1970.
Desde há décadas que a sua história, centrada na família Buendía, descendente do fundador da aldeia Macondo, é leitura obrigatória um pouco por todo o mundo, desde instituições norte-americanas até aos círculos académicos europeus."Sabemos que será mágico e importante para a Colômbia e para a América Latina, mas o romance é universal", disse ao The New York Times Francisco Ramos, vice-presidente de produções em espanhol da Netflix.
Rodrigo e Gonzalo García serão os produtores executivos da adaptação. Este será o décimo projeto televisivo de Rodrigo, depois de ter dirigido capítulos de "Os Sopranos", "Sete palmos de terra", ou "A feira da magia", entre outros.
Em entrevista ao diário colombiano El Tiempo, Rodrigo García adiantou que a série se deverá estrear em meados de 2020.
"Acho que este é um bom momento para a série, e com o alcance da Netflix, acredito que o trabalho, o autor, a Colômbia e o mundo de Macondo chegarão a um público mais vasto", acrescentou.
Os produtores terminam com este trabalho a longa trajetória da obra do seu pai. Publicado em 1967, "Cem anos de solidão" vendeu cerca de 50 milhões de exemplares e foi traduzido em 46 línguas.
Ao êxito deste romance - fundamental para o reconhecimento internacional de Gabriel Garcia Marquez e fator chave para a atribuição do Nobel da Literatura -- se ficou a dever o 'boom' da literatura latino-americana dos anos 1960 e 1970.
Desde há décadas que a sua história, centrada na família Buendía, descendente do fundador da aldeia Macondo, é leitura obrigatória um pouco por todo o mundo, desde instituições norte-americanas até aos círculos académicos europeus.