O movimento responsável pela petição "Não deixaremos morrer a Seiva Trupe" lamentou em comunicado o silêncio do ministro da Cultura ao pedido de audiência solicitado há um mês.
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O "sepulcral silêncio" do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, ao pedido de audiência feito há um mês, por carta registada e correio eletrónico, mereceu uma reprovação dos promotores da petição em prol da companhia teatral Seiva Trupe, subscrita por mais de cinco mil pessoas.
"Continuaremos com as vozes ao alto a lutar pelo futuro da icónica companhia teatral do Porto e do País. Em breve, olhos nos olhos, voltaremos a lembrar-lhe o pedido de audiência. E entregaremos a Petição em mão. Não aceitamos que um ministro de um governo democrático não dê cavaco aos seus concidadãos...", garantiu em comunicado o movimento do qual fazem parte, entre outros, o pintor Acácio de Carvalho, o encenador Roberto Merino e o jornalista Soares Novais.
Em causa está a exclusão da concessão do Apoio Sustentado da DGArtes a que a companhia concorreu para os próximos 4 anos, Apesar de ter atingido a pontuação necessária à sua elegibilidade, a verba alocada à DGArtes para este fim foi considerada insuficiente.
Com atividade suspensa desde 1 de janeiro, a companhia, que completa meio século de atividade este ano, tem contado com a solidariedade e apoio de algumas figuras nacionais e internacionais: desde Guillermo Heras, presidente da Associação de Encenadores de Espanha, António Sampaio da Nóvoa, embaixador na UNESCO, o investigador Manuel Sobrinho Simões, Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, o professor e físico Carlos Fiolhais, o Bispo do Porto, D. Manuel Linda, Carlos Avilez, diretor do Teatro Experimental de CascaisI, Maria do Céu Guerra, atriz, ou o músico Rui Reininho.
O público também se juntou a esta luta com a iniciativa "Eu também sou Seiva Trupe", realizando vídeos de apoio que têm sido partilhados nas redes sociais.