Prisão preventiva para cinco traficantes de droga que operavam em Vizela e Felgueiras
O Tribunal de Instrução de Guimarães decretou, esta quarta-feira, a prisão preventiva de cinco dos arguidos – três homens e duas mulheres - que, alegadamente, integram uma rede de traficantes de drogas que operavam, maioritariamente, na zonas de Vizela e de Felgueiras e no vale do Sousa.
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Os restantes cinco ficaram proibidos de contactos entre si ou com consumidores e estão obrigados a apresentações periódicas na polícia ou na GNR.
Os dez arguidos foram detidos na passada segunda-feira pelo NIC da GNR da Póvoa de Lanhoso, três deles em flagrante delito e sete através de mandados judiciais de detenção.
Fonte judicial disse ao JN que a rede de tráfico era comandada por Fábio Azevedo, incidindo sobre ele, também, suspeitas de de um crime de resistência e coação sobre funcionário e de um crime de condução perigosa de veículo rodoviário.
A polícia concluiu que, pelo menos desde 29 de maio de 2023, os arguidos, isoladamente e/ou comunhão de esforços, dedicaram-se à venda de substâncias estupefacientes, designadamente cocaína, heroína e canábis, mediante contrapartida monetária ou outra.
O arguido Fábio Azevedo, para além da distribuição direta ao consumidor, articulou-se com os arguidos Marco dos Santos e Rui Guimarães para adquirir produto estupefaciente nas zonas do Grande Porto, Gaia e Felgueiras, procedendo posteriormente ao seu transporte para a cidade de Vizela, para venda aos consumidores.
Com a passagem do tempo, os três arguidos “deixaram de ir com tanta frequência às cidades do Porto e Gaia, optando por se deslocarem a Felgueiras, sendo este local mais próximo da cidade de Vizela, o que lhes conferia mais segurança no transporte do estupefaciente, já que não necessitavam de percorrer longas distâncias na posse dos estupefacientes, evitando assim uma maior probabilidade de serem sujeitos a fiscalizações aleatórias por parte das autoridades policiais”.
A GNR diz, ainda, que, em Vizela, as transações de droga eram cuidadosas e dissimuladas, similares às dos bairros conotados com o tráfico das grandes cidades, tais como os existentes na cidade do Porto.
Acentua, ainda, que, na Avenida da Liberdade em Felgueiras, o grupo instalou-se numa zona erma, com várias casas devolutas, onde procedia à venda do estupefaciente e fazia-o em grande parte do dia (pelo menos desde o meio da tarde até à noite) sem sair do local, "fazendo até as refeições no interior das casas devolutas”.