Como se avalia a qualidade das políticas públicas da Educação?
Lisboa,22/2025 - Entrevista com a jornalista Fátima Valente a Pedro Freitas, Investigador na Universidade OXFORD - NOVA SBE, para a rubrica "Educar Têm Ciência" no Estúdio Nº 1 da TSF, em Lisboa. (Mário Vasa) (Mário Vasa)
Mário Vasa
O facto de haver muitos mais dados estatíticos, que não existiam antes dos anos 90, permitiu um salto na definição e avaliação das políticas públicas de Educação. Nesta edição do "Educar Tem Ciência", podcast da Iniciativa Educação, uma parceria entre o JN e a TSF, falamos sobre a "revolução de credibilidade" das últimas décadas.
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"Não se consegue trabalhar a partir do nada". Pedro Freitas, investigador da Nova SBE e Universidade de Oxford, começa por defender a importância de haver mais dados estatísticos, que em conjunto com os dados dos inquéritos internacionais como o PISA, TIMSS e PIRLS vão permitir melhores políticas públicas.
Mas o que é a revolução de credibilidade que começou nos anos 90? "É importante termos dados que sigam os alunos ao longo do sistema educativo, e que depois os possamos ligar com o mercado de trabalho, ou seja, perceber quando os jovens deixam as escolas, que trabalhos vão ter. Isso é muito importante, mas não chega", acrescenta, sublinhando que "depois é preciso ter métodos credíveis para estabelecer uma relação de causa efeito entre uma determinada política e o resultado que produz".
"A política pública deve ser informada pela evidência", sublinha.
Pedro Freitas destaca o contributo do professor no Massachusetts Institute of Technology (MIT), distinguido em 2021 com outros dois economistas com o Nobel em Ciências Económicas, pelo desenvolvimento de uma metodologia para analisar relações causais em experiências naturais.
Joshua Angrist estuda a economia da educação e vai abrir a primeira conferência da Iniciativa Educação, na Nova SBE, a 25 de Outubro.
"Talvez um dos trabalhos mais conhecidos de Joshua Angrist seja sobre o tamanho das turmas", afirma, chamando também a atenção para o estudo sobre a escolaridade obrigatória.
Pode seguir o Educar tem Ciência na rádio ou em tsf.pt, no site da Iniciativa Educação, no canal JN e nas plataformas de podcast.