
No Dia Mundial do Cancro do Ovário, Teresa Carvalho e Manuela Bispo destacam a urgência do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos eficazes.
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O cancro do ovário, uma doença traiçoeira e muitas vezes silenciosa, representa um desafio significativo para as mulheres. Diagnosticado frequentemente em estágios avançados, este tipo de cancro carece de métodos eficazes de rastreio, tornando a vigilância ginecológica essencial, como destaca a oncologista Teresa Carvalho, do IPO de Coimbra.
Os sintomas, por vezes subtis, merecem atenção, refere a médica: dores abdominais, alterações no trânsito intestinal, desconforto pélvico e aumento do volume abdominal. Pequenos sinais, aparentemente inespecíficos, devem motivar a busca por avaliação médica precoce, pois o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as hipóteses de sucesso no tratamento.
Manuela Bispo, da Associação de Doentes MOG - Movimento Cancro do Ovário, compartilha a sua experiência pessoal, destacando a importância da consciência e da persistência na busca de um diagnóstico adequado. Infelizmente, a falta de consciencialização sobre o cancro do ovário persiste, mesmo entre os médicos de família, salientando que, por vezes, estes clínicos subestimam os sintomas.
A consciencialização, a vigilância e o acesso a tratamentos inovadores são fundamentais na luta contra esta doença.
O cancro do ovário, embora menos prevalente do que o cancro da mama, ainda afeta centenas de mulheres a cada ano. A falta de sintomas visíveis torna o diagnóstico desafiador, mas não é impossível. Não descurar sintomas é o alerta para as mulheres neste dia do cancro do ovário, porque a ciência ajuda, mas ainda não cura, como diz a oncologista Teresa Carvalho.
A oncologista refere que houve avanços significativos no tratamento nos últimos anos, com estratégias terapêuticas mais eficazes, incluindo terapias complementares que permitem controlar a doença por períodos mais longos. A quimioterapia continua a ser crucial, mas novos medicamentos estão a ampliar as opções de tratamento e a proporcionar maior esperança às doentes.
A Associação de Doentes Movimento Cancro do Ovário defende um acesso mais amplo a estas novas terapêuticas, destacando a urgência da questão, pois a demora na aprovação pode colocar em risco a vida das pacientes.
É importante destacar que todas as mulheres estão em risco de desenvolver cancro do ovário, especialmente após a menopausa.
As autoras do artigo não recebem qualquer honorário para colaborar nesta iniciativa.
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