
Quer trazer para casa algumas plantas que encontrou na sua viagem? A recomendação da campanha #PlantHealth4Life, é que se limite a trazer apenas as fotografias, sobretudo se essas plantas não tiverem passaporte fitossanitário.
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Além de serem responsáveis pelo ar que respiramos, cerca de 80% dos alimentos que consumimos vêm das plantas, sendo fundamental a sua proteção de pragas e doenças que possam colocar em risco a segurança alimentar. Por outro lado, a saúde das plantas tem um impacto do ponto de vista económico ou da preservação do meio ambiente e da biodiversidade. Enquanto viajantes, se trouxermos não só plantas, mas também qualquer uma das suas partes isoladas (raízes, troncos, sementes, frutos, folhagens) no regresso, poderá haver o risco de trazermos como "clandestinos" pragas com potencial de contaminação das plantas locais. As plantas provenientes de fora da Europa e sem passaporte fitossanitário, sobretudo as exóticas, têm um grande potencial para constituir uma ameaça ao meio ambiente no espaço europeu. Nesse sentido, a Campanha #PlantHealth4Life, iniciativa da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), da Comissão Europeia (CE) e em Portugal, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), apela a que todos sejamos embaixadores da saúde das plantas, protegendo o ambiente, a economia e a vida a nível global.
Embaixadores da fitossanidade
No terceiro ano da iniciativa #PlantHealth4Life, o foco é reforçar a necessidade de práticas responsáveis e de prevenção contra pragas e doenças que podem afetar a biodiversidade, a agricultura e até mesmo a nossa qualidade de vida. Seja em jardins, hortas, áreas urbanas ou rurais, todos podemos contribuir ativamente.
Nesta ocasião, são deixadas várias recomendações. Destacamos evitar o uso de pesticidas e produtos químicos, optando antes por métodos naturais, sempre que possível, de modo a manter o equilíbrio ecológico e evitar a resistência de pragas. Por outro lado, a utilização de sementes certificadas ajuda a manter as plantas saudáveis. Outro aspeto importante tem a ver com a gestão dos resíduos vegetais ou substratos contaminados. Estes devem ser acondicionados em locais apropriados para o efeito de forma a reduzir o risco de transmissão. Mesmo assim, esteja sempre atento a sinais de pragas e doenças: se notar algo estranho nas plantas, não hesite em procurar orientação especializada. A deteção precoce é essencial para evitar a propagação de problemas para as culturas.
A divulgação de informação junto das comunidades infantis e juvenis sobre a importância de protegermos as plantas vai contribuir para a biodiversidade e para a saúde do planeta.
Participação e partilha de conhecimento
Uma vez que o saber não ocupa lugar, o envolvimento em palestras e ações de informação pode fazer a diferença. Vá mais longe e partilhe o conhecimento adquirido das boas práticas de manuseamento de plantas e da prevenção de pragas com amigos, familiares e vizinhos. Pode estar a criar uma rede de consciencialização com um impacto positivo mais alargado. Este apelo ganha outra dimensão se colocarmos na equação a proteção das novas gerações. A divulgação de informação junto das comunidades infantis e juvenis sobre a importância de protegermos as plantas vai contribuir para a biodiversidade e para a saúde do planeta. Cada ação conta e, juntos, podemos construir uma comunidade mais consciente e responsável.
Lembre-se: cuidar das plantas é cuidar do nosso futuro.
Siga a campanha e obtenha mais informações em #PlantHealth4Life.