
Para um sistema de saúde eficaz, o foco deve ser o doente e o impacto dos tratamentos na sua vida.
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Para garantir que os cuidados de saúde são efetivos e sustentáveis, é fundamental considerar as experiências e os resultados reportados pelos doentes. A tecnologia mais avançada não acrescenta qualquer valor se não existir evidência do seu impacto na melhoria da qualidade de vida dos nossos doentes. Organizar a forma como prestamos cuidados, em função dos resultados que interessam aos doentes, é a estratégia mais eficaz para uma alocação eficiente de recursos e para evitar o desperdício.
Neste contexto, é crucial que Portugal invista no desenvolvimento de um modelo de cuidados de saúde orientado para os resultados, conforme informa Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Na verdade, já existem alguns bons exemplos no Serviço Nacional de Saúde. Um desses exemplos, o IPO do Porto, criou há já alguns anos um Outcomes Research Lab, que tem vindo a medir resultados de forma consistente, usando questionários internacionalmente reconhecidos que avaliam tanto a qualidade de vida dos pacientes como a progressão das suas condições.
IPO do Porto dispõe de um espaço onde é medida a qualidade de vida dos pacientes através de questionários validados internacionalmente
Associando esses resultados aos tratamentos e histórias clínicas dos doentes, é possível ter uma avaliação mais precisa do verdadeiro valor dos diversos tratamentos disponíveis.
E a verdade é que, conforme diz Guilherme Monteiro Ferreira, diretor de acesso ao mercado e assuntos externos da GSK Portugal, não é necessária apenas inovação terapêutica no que toca a melhorar os resultados dos pacientes, é necessária inovação no modelo de saúde, com foco na prevenção e no diagnóstico. E isto torna-se ainda mais gritante em Portugal, um dos países mais envelhecidos da Europa e o quinto mais envelhecido do mundo. É urgente prestar mais e melhores cuidados de saúde, uma vez que a ausência de doença é aquilo que realmente traz mais bem-estar e qualidade de vida.
Mais do que responder às emergências, é necessário responder aos problemas e trabalhar para realizar mudanças estruturais, pois só assim é possível garantir a sustentabilidade do sistema de saúde e, em particular, do Serviço Nacional de Saúde. E é nesse sentido que tem vindo a trabalhar a GSK, com a sua iniciativa Saúde Mais Sustentável.
Os autores do artigo não recebem qualquer honorário para colaborar nesta iniciativa.
Esta iniciativa é apoiada pela GSK, sendo os artigos integrados no projeto Ciência e Inovação da responsabilidade dos/as seus/suas autores/as