
Isabel Furtado, CEO da Têxtil Manuel Gonçalves
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Sinergias entre empresas do grupo TMG - Têxtil Manuel Gonçalves são chave para responder às exigências do mercado.
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A busca de conhecimento para responder aos desafios do mercado é uma constante no grupo TMG - Têxtil Manuel Gonçalves, que detém, entre outras, a TMG Automotive e a TMG Textiles. Essa procura, explica Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, origina um “trabalho colaborativo extremamente importante para criar equipas e absorver sinergias”. A Automotive trabalha para o setor automóvel; a Textiles dedica-se ao têxtil.
A “necessidade de criar inovação explorativa” faz com que, de um universo de 650 funcionários da Automotive, 140 tenham formação superior (sete são doutorados). É neste grupo de colaboradores que estão os engenheiros especialistas em químicos, polímeros e têxteis. “É óbvio que a engenharia tem um peso muito importante, porque sem pessoas altamente qualificadas não há inovação a este nível”, diz a CEO.
Nos domínios da inovação e sustentabilidade, o caminho feito pela TMG Automotive levou a que fosse recentemente escolhida pela Volvo para seu “fornecedor global” de interiores para o carro Polestar 0, o primeiro veículo totalmente neutro em carbono durante o processo de produção (estará no mercado em 2030).
Também a TMG Textiles possui produtos inovadores, como é o caso de uma flanela que, incorporando na sua estrutura fios de polietileno de alta densidade molecular, é usada num casaco de motociclista cumprindo todas as normas previstas para este tipo de equipamentos.
Visão holística no têxtil
A importância da engenharia para estas indústrias é inquestionável. “Hoje em dia, um engenheiro têxtil é aquele que tem uma visão mais holística do processo, mas, se quisermos fazer inovação e diferenciação, há que pincelar com outras áreas do conhecimento”, afirma Hélder Rosendo, diretor de negócios da TMG Textiles.
“Em Portugal temos engenheiros muito bem preparados”, nota Isabel Furtado, frisando, contudo, que “há uma falta grande de engenheiros têxteis, porque os media, durante muitos anos, passaram para o mercado uma ideia muito negativa do têxtil”.
“É muito importante reconhecer e dar a conhecer que o têxtil não tem mão de obra precária”, conclui Isabel Furtado.

