O segundo dia de actuação da polícia na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, terminou com a apreensão de 150 camisas da farda policial, que os criminosos pretendiam usar para fugir, e elevou para seis o número de prisões.
Corpo do artigo
Um dos detidos desta segunda-feira, Aroldo dos Santos, entregou-se voluntariamente à polícia, satisfazendo um pedido da mãe.
Já foram encontrados 120 quilos de marijuana, 153 quilos de cocaína, 60 quilos de pasta de cocaína, além de 135 pedras de 'crack' e 38 comprimidos de 'ecstasy'.
O volume de munições apreendido chega a 16 mil, além de 39 espingardas, 20 pistolas, uma grande quantidade de material explosivo, desde bombas de fabricação caseira até granadas, bem como quatro rádio-transmissores, utilizado para comunicação entre os traficantes.
A polícia já fechou três estúdios clandestinos de televisão a cabo e uma loja ilegal de aluguer, na qual foram apreendidas mais de 21 mil meios pirateados, entre CD e DVD.
No segundo dia da presença policial, os serviços públicos básicos recomeçaram a funcionar.
Durante o dia, o secretário de Assistência Social, Rodrigo Neves, anunciou que serão feitos investimentos da ordem de 100 milhões de reais (cerca de 41 milhões de euros) na Rocinha, nos próximos três meses.
O montante será destinado a projectos de urbanização, obras de infraestrutura, creches e uma biblioteca.
Há ainda a intenção tornar parte do terreno num parque ecológico, a aproveitar parte da mata nativa.
Também deverá ser construído um teleférico, semelhante ao inaugurado este ano no Complexo do Alemão, para ligar o alto do morro a uma estação do metro.
Na madrugada de domingo, as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu foram tomadas por forças policiais, após mais de três décadas de domínio do tráfico de droga.