David Fonseca abriu este domingo no Rio de Janeiro o último dia do Rock in Rio com um concerto no palco Sunset, onde aproveitou para divulgar o seu último disco, "Between Waves", o primeiro a ser lançado no Brasil.
Corpo do artigo
"O porte do Rock in Rio é muito abrangente, é uma forma muito rápida de chegar a muitas pessoas de uma vez. Eu achei que era uma boa oportunidade para lançar o disco e para mostrar o meu trabalho a um grande e variado tipo de pessoas de uma vez só", afirmou, logo após o 'show', o responsável por iniciar a programação de domingo no palco secundário do festival.
David Fonseca, que antes de iniciar a apresentação a solo tocou duas canções ao lado da banda espanhola The Monomes, atraiu um grande número de curiosos, que chegaram cedo para assistir à apresentação da banda System of a Down, prevista para o final da noite.
"Gostei muito porque as pessoas não conhecem as minhas canções, estão a ouvi-las pela primeira vez -- o que é sempre difícil -- e o público que está aqui é um público muito universal, mas a reação foi ótima, foi uma reação de curiosidade, ficaram para ver o que eu estava a fazer", comemorou o cantor.
Nos próximos dias, o português realizará ainda outros dois concertos, um em São Paulo, no dia 05, e novamente no Rio de Janeiro, desta vez no Teatro Odisseia, na Lapa, bairro conhecido como berço da boémia carioca.
David Fonseca contou que foi conhecer a noite da Lapa no sábado e gostou muito da diversidade que encontrou. "Eu quis ir lá ontem para conhecer melhor o local onde ia cantar e achei que é um local ótimo, porque a minha música não é dirigida a nenhuma pessoa em particular e lá há um encontro de pessoas muito diferentes", comentou.
Para o cantor, este é um bom momento para se mostrar a produção portuguesa contemporânea no Brasil. Na sua opinião, a nova leva de imigrantes que estão a chegar ao Brasil poderá colaborar para propagar a cultura lusa do outro lado do Atlântico.
"Há muitos portugueses a voltar de novo para o Brasil [...] e eu acho que será obviamente uma altura propícia para trazer a nova música para cá. Tocamos muito dentro do nosso país e a cultura é muito viva lá dentro, a cultura do que se está a fazer agora faz muito parte da vida das pessoas, por isso é provável que as pessoas que venham para aqui tragam essa influência e essa música", opinou.
Na plateia estava o publicitário português Hugo Veiga, de 20 anos e há sete a viver em São Paulo, que foi ao Rio de Janeiro especialmente para o último dia de concerto, para ouvir David Fonseca e Xutos & Pontapés, que ainda se apresentarão no final desta noite.
Com ele levou a namorada brasileira, Vanessa Aranda, de 29 anos, a quem já apresentou diferentes grupos portugueses e que estava ansiosa por ouvi-los ao vivo.
"Conheço porque ele me apresentou. Além de David e Xutos já ouvi Clã, Doismileoito, B-Fachada, Toranja e Pedro Abrunhosa", enumerou.
O concerto dos Xutos & Pontapés, que se apresentam ao lado do grupo brasileiro Titãs, foi adiado em cerca de duas horas devido a mudanças com outras apresentações também programadas para hoje.
No último dia de certame os jovens 'madrugaram' na entrada na Cidade do Rock para garantir um bom lugar no palco Mundo, por onde, no final da noite, passarão System of a Down e Guns N'Roses.