A presidente Dilma Rousseff afirmou sexta-feira que seu governo está a criar um quadro para manter a inflação sob controlo, mas descartou a adopção de políticas que inibam o crescimento do país.
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"Não queremos inflação sob controlo com crescimento zero [da economia]", afirmou a presidente brasileira num encontro no Palácio do Planalto com alguns órgãos de comunicação social.
Durante o encontro, Dilma Rousseff defendeu também a política que o Banco Central tem adoptado no controle da taxa de juro do país. Esta semana, o Comité de Política Monetária (Copom) elevou em 0,25% a taxa de referência do Brasil, que passou para 12,5% ao ano.
Dilma considerou a alta como uma política de controlo "suave" e, de acordo com a própria presidente o governo está a criar "condições económicas para não derrubar o crescimento".
"Estamos a fazer o chamado 'pouso suave', com uma taxa de crescimento e de emprego adequadas para o país", acrescentou.
A meta de inflação brasileira é de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses no Brasil atingiu 6,71%, acima do teto máximo definido pelo Governo.