A directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, inicia na quinta-feira uma visita ao Brasil, durante a qual abordará a situação económica mundial com as autoridades brasileiras, informou hoje o Ministério da Fazenda.
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Lagarde terá encontros com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Citado pela imprensa brasileira, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, afirmou hoje que o tema geral das conversas da responsável do FMI no Brasil será a situação económica internacional e a actuação do Fundo na crise.
Um dos assuntos a abordar deverá ser o aumento de recursos do FMI, mas nenhuma decisão sairá das reuniões. Isso porque, segundo Cozendey, qualquer medida relacionada com o tema tem de ser decidida coletivamente, por exemplo, na próxima reunião do G20.
O responsável brasileiro sublinhou que, hoje, o FMI tem 390 mil milhões de dólares disponíveis para empréstimo. Para Cozendey, não são necessários mais recursos agora, mas "amanhã pode ser que sejam".
Segundo a Agência Brasil, o secretário reiterou a posição do governo brasileiro de injectar dinheiro no FMI apenas se não houver adiamento do aumento das cotas dos países emergentes no organismo internacional.
O Brasil defende que eventuais ajudas ao FMI sejam definidas por meio de acordos directos entre os países e o Fundo. "Acordos bilaterais são mais rápidos e mais ágeis", justificou o responsável.