
O ministro da Casa Civil, António Palocci, apresentou no final da tarde desta terça-feira o seu pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff. A senadora Gleisi Hoffmann, do Partido dos Trabalhadores, do Paraná, ocupará o gabinete da Casa Civil deixado por Palocci.
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Na carta, Palocci reafirma sua inocência, mas admite que a sua continuidade no cargo poderia prejudicar o Governo.
[O ministro] "considera que a continuidade do combate político poderia prejudicar as suas atribuições no governo. Perante isso, preferiu solicitar o seu afastamento", diz a nota do Ministério.
O texto destaca, no entanto, que as actividades profissionais extra-governo exercidas pelo ministro -- que prestou serviço de consultoria a empresas privadas ao mesmo tempo que era deputado federal - estavam em conformidade com a lei.
Na segunda-feira à noite, a Procuradoria-geral da República decidira arquivar o processo de investigação ao aumento significativo (20 vezes em quatro anos) do património de António Palocci, três semanas depois de uma notícia divulgar este aumento.
"O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador-geral da República, confirma a legalidade e a correcção das suas actividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre a sua conduta", acrescenta-se no texto.
