O ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, determinou esta quarta-feira a abertura de uma comissão de sindicância para investigar as denúncias de corrupção no Ministério.
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De acordo com um despacho publicado esta quarta-feira no Diário Oficial da União, a comissão terá 30 dias para apurar os fatos denunciados em reportagem da revista "Veja".
A revista referiu um suposto tráfico de influências e a presença constante de um provável lobista, que terá interferido em processos de licitação pública do Ministério da Agricultura.
Na terça-feira, um novo artigo, no jornal "Correio Braziliense", denunciou ainda que o ministro e o seu filho são vistos com frequência a utilizar um jacto executivo da empresa Ourofino Agronegócios, firma que depende da aprovação do ministério para algumas de suas atividades.
A empresa foi uma das primeiras a receber autorização para fabricação de vacinas contra febre aftosa, um mercado altamente lucrativo no Brasil, que até então era dominado por empresas estrangeiras.
Após a divulgação do facto, o ministro admitiu, numa comunicado, ter aproveitado boleia "raras vezes" na aeronave da empresa privada.
Pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, os representantes do governo estão proibidos de receber presentes ou favores de particulares que possam colocar em dúvida sua idoneidade.