Agentes da "Core" e da Delegacia de Homicídios (DH) iniciaram, esta quarta-feira, uma operação na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para encontrar o corpo de Luana Rodrigues, de 20 anos, desaparecida desde o dia 9 de Maio. Por volta das 12.00 horas do Brasil, os polícias encontraram o local onde estará o corpo da modelo, numa zona conhecida como "microondas".
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Os polícias encontraram no alto da Favela da Rocinha vestígios de materiais queimados, como pneus e galhos, levantando indícios de que ali funcionaria um "microondas". Na gíria dos traficantes, "microondas" é o local onde os inimigos e traidores do tráfico de drogas são queimados. Os polícias estão no local com pás e enxadas em busca dos restos mortais da jovem e ainda contam com o auxílio de dois cães do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o portal "r7", 130 polícias estão a participar na operação. Um veículo blindado da "Core" dá apoio aos agentes. O comércio dentro da favela está a funcionar normalmente e, por enquanto, não há informações sobre confrontos entre polícias e traficantes.
A modelo Luana Rodrigues teria ligações com o tráfico de drogas. De acordo com a polícia, a modelo transportava drogas da Rocinha para outras comunidades aliadas. Por ser bonita, os traficantes acreditavam que ela não levantaria suspeitas.
A jovem desapareceu no dia 9 de Maio após ser "convocada" por traficantes para prestar esclarecimentos sobre um suposto relacionamento com um polícia militar, o que terá desagradado Antonio Francisco Bonfim Lopes, o "Nem", "chefe" do tráfico na Rocinha. Uma amiga que acompanhou Luana até à favela também terá sido assassinada pelos traficantes.