Após a ocupação do território das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, polícias do Batalhão Especial realizaram a cerimónia simbólica de hastear a bandeira brasileira no alto do morro.
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Diversos moradores participaram do acto a demonstraram apoio à presença do Estado no território, até então dominado pelos traficantes de droga.
A presença de um número significativo de moradores - os polícias estimam em aproximadamente mil pessoas - é um sinal positivo de que a comunidade está a receber bem as forças que passarão, a partir deste domingo, a garantir a segurança daquela região.
Numa cerimónia semelhante, realizada durante a ocupação do Complexo do Alemão, os polícias não contaram com o mesmo tipo apoio.
As favelas foram tomadas durante a madrugada deste domingo, sem que tivesse ocorrido um único disparo.
"Fiquei acordado até quase às três da manhã. À noite nós ficamos um pouco apreensivos, mas não vi nada acontecer, quando acordei já tinham concluído tudo e não houve nenhum disparo", afirmou à Lusa Alexandre de Almeida.
Este morador da favela relatou que o ambiente na comunidade é tranquilo, apesar de se sentir que há menos pessoas nas ruas do que o habitual. "A rua ainda está bem vazia. Tem muita gente que ainda está com medo de sair e muitas lojas não abriram hoje", comentou.