A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, sexta-feira, a extradição do Brasil de um cidadão português de 62 anos suspeito de crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais estimados em cerca de dois milhões de euros.
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Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ informa que o suspeito, localizado com a cooperação das autoridades policiais brasileiras, "havia fugido à ação da justiça portuguesa" na sequência da alegada "prática de crimes de burla qualificada e de branqueamento de capitais, na aquisição e posterior venda de combustíveis, cometidos a partir de Torres Novas e abrangendo as regiões de Ribatejo e Alentejo".
"A investigação teve início no mês de Fevereiro de 2008, tendo sido identificados, até ao momento, sete suspeitos que foram constituídos arguidos pela comparticipação nos crimes mencionados, os quais lesaram empresas do ramo de comércio de combustíveis num montante próximo dos dois milhões de euros", acrescenta o comunicado.
Fonte da PJ adiantou à Lusa que o arguido chegou a Portugal no início de maio, tendo-lhe sido decretada a prisão preventiva, explicando que a extradição só agora foi divulgada para não prejudicar a investigação.
A mesma fonte acrescentou que o suspeito, empresário, "utilizava empresas que compravam combustível a fornecedores, que era depois revendido, por vezes ao desbarato, não pagando aos fornecedores que foram lesados naquele montante".
A fonte da PJ esclareceu que os restantes arguidos "foram corresponsáveis nesta articulação", cuja forma não especificou.