Uma estudante universitária brasileira, de 22 anos, foi encontrada morta no domingo numa cama no Hospital de Braga, onde estava internada, informou esta terça-feira a unidade, acrescentado que as causas da morte só a autópsia poderá determinar.
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Em nota de esclarecimento, o Hospital de Braga refere que a jovem, que estudava na Universidade do Minho, deu entrada na noite de sexta para sábado, tendo estado em observação na Unidade de Decisão Clínica do Serviço de Urgência.
Ao início da noite de sábado, foi internada no Serviço de Psiquiatria e, na manhã do dia seguinte, domingo, pouco depois das 8 horas, "foi encontrada sem vida, no seu leito, por causas que só a autópsia poderá determinar".
Fonte da reitoria da Universidade do Minho disse à Agência Lusa que a jovem, que se preparava para regressar ao seu país, sentiu-se mal, tendo, depois de accionado o alerta, sido transportada numa ambulância para o Hospital de Braga.
Segundo a fonte, a estudante, que já recebia acompanhamento psicológico da universidade, apresentava "uma grande instabilidade emocional". A sua mãe já se encontra em Portugal e está a receber apoio de um psicólogo da instituição.
A autópsia, adiantou a fonte, será feita entre esta terça e quarta-feira.
O hospital frisa, no comunicado, que, "desde a primeira hora", tem mantido contacto com os familiares da jovem residentes no Brasil e com responsáveis da universidade, revelando-se disponível "para fornecer toda a informação e prestar o apoio necessário".
De acordo com informações publicadas pela imprensa brasileira, a jovem, Thaís Caroline Gonçalves, estudava Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (UNESP), na cidade de Franca, no interior do Estado de São Paulo.
Natural de Ouro Fino, no Estado de Minas Gerais, fazia intercâmbio na Universidade do Minho desde Fevereiro. A viagem de volta para o Brasil estava marcada para este mês.
"Já havíamos preparado uma festa para comemorar o seu regresso. Ela era muito dedicada e inteligente", afirmou Maria Aparecida Gonçalves, prima da estudante, em entrevista publicada pelo portal de notícias G1.
A família soube da morte no domingo. Segundo parentes da estudante, representantes do hospital português telefonaram e informaram que Thaís não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória.
De família com poucos recursos, a jovem deveria concluir o curso nos próximos seis meses. De acordo com a sua tia, Maria Eunice Gonçalves, os familiares estão inconformados com a notícia da morte, já que a estudante não tinha problemas de saúde. Na sexta-feira, a jovem havia falado por telefone com a sua mãe, Maria Vitória Gonçalves, e não apresentou nenhuma queixa.
A mãe da universitária viajou na noite de segunda-feira para Portugal. A passagem foi paga pela UNESP, que também disponibilizou um professor para dar assistência à família e se prontificou, se necessário, para cobrir os gastos com o transporte do corpo.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil assegurou que vai auxiliar a família nos procedimentos administrativos e na solicitação da autópsia.