Artista de 33 anos atua esta quarta-feira na Casa da Música, no Porto, e apresenta ao vivo o seu novo e quarto álbum “Timbre”.
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Depois de a revelação ter passado pela capital, é agora a vez do Norte receber o quarto e mais recente álbum de Salvador Sobral. “Timbre” estará esta quarta-feira à noite em foco na Sala Suggia da Casa da Música, no Porto – onde se espera casa cheia e, acima de tudo, alegria.
É esse o sentimento geral de um álbum que reflete uma fase ascendente do artista de 33 anos que venceu o Festival da Eurovisão em 2017.
O novo disco é composto por 11 originais, que são descritos como sendo dos trabalhos mais intimistas do músico. A produção, bem como dez faixas do álbum, são assinadas em parceria com Leo Aldrey, amigo e colega recorrente de Salvador Sobral.
Na composição que expande o seu universo sónico, há ainda colaborações com a mexicana, e nomeada para um Grammy, Silvana Estrada, Jorge Drexler, Barbara Praví, bem como com a própria irmã, Luísa Sobral. Esta última, além de dar voz a “A distância não é lugar”, é ainda responsável pela letra de “Se quando tu vieres”. Já “Les eaux qui me gardent”, com a participação de Praví, foi escrita por Jenna Thiam, atriz belga e esposa do cantor.
Segundo Salvador Sobral, o título do trabalho é de simples compreensão, uma vez que aquilo que mais o “define e distingue é a voz, o timbre”. Além disso, “escreve-se igual e significa o mesmo (em vários países), parecendo que o conceito de timbre é universal e nos põe a todos de acordo”, afirmou em comunicado.
Um coração de presente
Além dos já habituais temas de amor e dor, o novo trabalho de Salvador Sobral é também uma homenagem ao dador do seu coração – acontecimento que remonta à operação ocorrida em 2017. Recorde-se que o videoclipe da faixa “El reglo que me hiciste” foi lançado a propósito do Dia Europeu da Doação e Transplante de Órgãos, assinalado a 10 de outubro.
Sobre esta homenagem, o cantor adiantou ainda o porquê de ter escolhido outro idioma que não o seu: “Se a fizesse na minha língua-mãe, ser-me-ia impossível cantá-la sem me emocionar ao ponto de poder não conseguir cantar”.
Recentemente, o artista confessou também esperar que o novo álbum fosse recebido com um sentimento de alegria e vontade de dançar, em contraponto com o anterior “bpm”, de 2021. Assim, espera-se desta noite um concerto com animação e forte participação do público.
O concerto começa às 21.30 horas e os bilhetes custam 25 euros. A recitação ao vivo de "Timbre" já passou anteriormente pelo Chiado e ainda pelo Centro Cultural de Belém, ambos em Lisboa.