Kelly Bailey, Rui Mendes, Mickaela Lupo e Joaquim Horta são os protagonistas do enredo natalício que a estação de Queluz de Baixo vai transmitir no próximo dia 25.
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Cai neve em Lisboa na véspera de Natal e, sem hipóteses de aterrar, os aviões são desviados para o aeroporto de Beja. É aqui, dentro de uma gare, que se vão dar encontros e desencontros entre os passageiros, que vão organizar uma consoada muito diferente da habitual. Está dado o mote para o filme "A consoada", que a TVI vai exibir no dia de Natal e que junta os atores Kelly Bailey, Mickaela Lupo, Joaquim Horta, Rui Mendes, Teresa Tavares, Luís Gaspar, Fernando Pires e Rodrigo Tomás.
Aos 23 anos, e já com muita bagagem de ficção, Kelly é uma das protagonistas e, com as gravações a decorrerem pela madrugada fora, fala ao JN já depois da hora de jantar na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, que serviu de cenário à réplica do aeroporto de Beja.
"É um desafio giro, porque é uma personagem diferente daquilo que fiz até hoje", começa por afirmar a atriz. "Ela é uma influenciadora jovem e sonhadora e há ali um momento importante porque fala das redes sociais".
"Este filme é muito giro porque ficamos fechados e cada pessoa vai debater-se com os seus problemas. Fica na ideia que, se calhar, foi o Pai Natal que fez isto tudo", acrescenta. "No meu caso, sou confrontada com o facto de a minha avó já ter 95 anos e não estar a passar o Natal com ela. A minha personagem questiona-se se terá tomado a decisão certa. Mas depois de ver a avó no telemóvel passa uma mensagem nas redes sociais, que vai ser importante lá para a casa: não é tudo bonito e perfeito, não somos invencíveis, toda a gente tem dor, passa mal também".
Geração da pressa
Kelly Bailey assegura não ter nada da sua "Luísa". "É Natal e tem de haver aqui um lado mágico. Ela é um bocadinho a "Sininho". Quer tudo para agora, já, quer tudo a correr. É um pouco como a minha geração, mas eu não tenho tanto isso".
A atriz elogia este projeto curto. "É bom não fazer projetos longos, em que temos um guião nas mãos e podemos criar o princípio, o meio e o fim da personagem. Numa novela nunca sei o que vai acontecer. Estou curiosa para saber como vai ficar esta consoada"
Na realidade, Kelly já viveu, com o namorado, Lourenço Ortigão, um momento caricato durante um voo. "Quando regressámos do Dubai houve uma greve em Lisboa. Estávamos a chegar e tivemos de voltar para trás porque não nos deixaram aterrar. Tudo em pânico. Sem gasóleo suficiente, tivemos de aterrar numa ilha e houve um senhor que se sentiu mal e tudo", conta. "Nós íamos para um casamento nesse dia e não conseguimos lá chegar".
A atriz garante que não tem medo de andar de avião, mas admite o "respeito". "Voltei a viajar, porque o Lourenço põe-me à vontade, ele adora. Como desde pequenina passo o Natal fora de Portugal, estou habituada a andar de avião e confesso que não adoro...".