Espetáculo estreia-se este sábado à tarde no jardim do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
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O jardim do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, servirá este sábado, às 18 horas, de palco para “Paisagens inúteis”, espetáculo da Antípoda Associação Cultural. A estrutura trabalha há cinco anos, a partir de Évora, neste projeto site-specific que irá reunir um duo muito promissor.
Vanda R. Rodrigues, criadora e intérprete, refere que esta criação é “um objeto teatral multidisciplinar com uma forte relação com as artes plásticas: escultura, pintura e até em proximidade com a land art, integrando-se no terreno natural ”.
Evidência de que a autora tem uma predileção pelo trabalho no espaço público: a primeira criação autoral de Vanda R. Rodrigues decorreu em 2010 para o Festival Escrita na Paisagem, em Évora, com “Kamassutra Machine”; já o solo “Espetáculo de amor”, estreou no Serralves em Festa, no Porto.
Para trabalhar na criação de “Paisagens inúteis”, a artista convocou Margarida Montenÿ, intérprete que se destacou em trabalhos para a área do circo e das artes performativas.
Montenÿ trabalhou profissionalmente com Miguel Pereira, Cláudia Nóvoa, Teatro Musgo, Circo Caótico, Grandpa’s Lab, Liliana Garcia, Companhia Erva Daninha e Daniel Seabra, entre outros. Ainda no final de 2023 apresentou o onírico projeto “Blue”, no âmbito da Mostra Estufa, da Erva Daninha em coprodução com o Teatro Municipal do Porto .
O cerne de “Paisagens inúteis” propõe a exploração de uma atmosfera bilingue, dividida entre a Língua Portuguesa e Língua Gestual Portuguesa, que “ousa considerar todas as capacidades como pretexto para aceder e dialogar com a paisagem”. A criação esteve em residência n’O Espaço do Tempo e promete que será “um caminho real e metafórico na direção do horizonte. É uma odisseia: inútil e inutilista. Até lá, diversas são as paragens, ou serão paisagens?”, diz a sinopse do projeto.