O segundo dia do Nos Alive arrancou com a avassaladora máquina rock dos Killimanjaro, um trio de Barcelos que seduziu uns bons milhares ainda a procissão ia no adro. Mas foi com as Savages que a festa realmente começou.
Corpo do artigo
Durante quase uma hora os Killimanjaro debitaram uma deliciosa porrada que se afigurou a fórmula perfeita para estender caminho para o que veio depois: o estampido sonoro dos Cave Story, outro trio, mas das Caldas da Rainha, que não desiludiu e manteve a fasquia.
8621722
Mas o primeiro grande momento de ontem em Algés aconteceu com a aparição das Savages no palco Heineken. Com um volume de som deliciosamente alto - aquilo ouvia-se certamente em Sesimbra - o pós-punk das londrinas varreu tudo à frente e nem deu espaço para recuperar o fôlego no intervalo entre cada canção.
A vocalista Jehnny Beth, corpo esguio equilibrado em sapatos vermelhos de salto de agulha, transpirou na sua presença felina, descalçou-se, mergulhou no fosso e equilibrou-se nas grades a conduzir toda uma intensa celebração, uma deleitosa tempestade de ruído libertador.
As britânicas dividiram o concerto entre peças de "Adore life" e "Silence yourself" e confirmaram a fama de serem uma das mais cativantes bandas ao vivo na cena rock dos últimos anos.
8621498