
Kenton Thatcher
"E ainda..." é revelado hoje e junta nove faixas inéditas.
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Está disponível a partir de hoje "E ainda...", o álbum póstumo de Carlos do Carmo. O disco tem nove faixas, todas inéditas, num registo de fado depurado aos elementos basilares, e foi concebido ao longo de três anos pelo cantor. Teve edição prevista para 2020, mas o estado de saúde do intérprete de "Os putos" piorou, falecendo a 1 de janeiro deste ano.
"E ainda..." arranca e termina com duas versões de "Fado Zé", uma peça breve: a primeira instrumental, a segunda com palavras de Mia Couto ditas por Carlos do Carmo: "Cantar, dizem, é um afastamento da morte. A voz suspende o passo da morte e, em volta, tudo se torna pegada da vida".
Entre os escritores cantados neste álbum, alguns são estreia para o fadista. A lista inclui Herberto Helder, Hélia Correia, Sophia de Mello Breyner Andersen e Jorge Palma, a que se junta Júlio Pomar, Vasco Graça Moura e Mia Couto. O acompanhamento instrumental está a cargo de José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola de fado) e José Marino Freitas (baixo acústico).
O álbum é editado em formato duplo, já que inclui a gravação do último concerto de Carlos do Carmo, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 9 de novembro de 2019.

