Exposição "Cadernos de Montagem" é uma montra das práticas artísticas experimentais de Ana Vieira.
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O projeto “Ana Vieira: Cadernos de Montagem” mergulha na obra de uma das figuras mais inovadoras e marcantes da arte portuguesa do século XX. Ana Vieira (1940-2016) foi pioneira em práticas artísticas experimentais, com especial destaque para a instalação, criando universos cénicos e teatrais que desafiaram as fronteiras entre o espaço expositivo e a experiência do público.
Este projeto ambicioso, promovido pelo Centro de Arte Oliva em colaboração com o Banco de Arte Contemporânea (BAC) e os herdeiros da artista, Miguel e Paula Nery, propõe não apenas expor as suas obras, mas também documentar os processos criativos que as sustentam.
Através dos cadernos de montagem — um registo detalhado de desenhos, esboços e anotações — a exposição pretende garantir a preservação e compreensão do legado de Ana Vieira para futuras gerações.
Com um percurso que inclui marcos como as exposições no Museu de Serralves (1998) e na Fundação Calouste Gulbenkian (2011), a obra de Ana Vieira continua a ressoar nacional e internacionalmente
Destaque para a exposição antológica no Centro de Arte Graça Morais (2017) e a retrospetiva no Museu Es Baluard, em Espanha (2020).
O projeto, concebido pela curadora Antonia Gaeta, a arquiteta Astrid Suzano e a conservadora e investigadora Sofia Gomes, ganha vida até março de 2025, e terá extensões até junho com apresentações no gnration (Braga), CAAA (Guimarães) e no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), com apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC).
Mais do que uma exposição, “Ana Vieira: Cadernos de Montagem” é um diálogo entre o passado e o futuro, onde cada anotação, cada linha desenhada, nos convida a compreender a profundidade de uma obra que permanece atual, inquieta e luminosa.