Canções do passado, do presente e do futuro, ideias feitas que são desmontadas, filmes que são curtos apenas na metragem. Haja otimismo.
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Primeiro, um fim. Ou, se se quiser, uma partida. A de Mary Wilson, a voz que atravessou todo percurso e todas as formações de The Supremes. "You keep me hangin on" é um monumento de doce tensão:
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Permanecendo no passado, e na música popular, e em formato ainda mais épico, vale muito a pena mergulhar no blogue Then Play Long. Criado pelo britânico Marcello Carlin em 2008, com contributos também de Lena Friesen, e que tanto tem períodos de atualizações diárias como anos sabáticos, ali encontram-se análises detalhadas, e por ordem cronológica, a todos os álbuns que passaram pelo primeiro lugar do tabela de vendas britânica desde a sua criação em 1956 (primeiro líder: "Songs for swingin' lovers!" de Frank Sinatra). Os textos são masterclasses de análise crítica, de literatura, de humanismo, de autobiografia. A (sua) história vai no ano 1993.
Vire-se o disco. No recomendável site "Literary Hub", Boris Fishman desafia uma pequena mas dramática montanha de ideias feitas sobre Anton Chekhov.
O último filme de Diogo Costa Amarante chama-se "Luz de presença" e vai passar pela secção Berlinale Shorts da 71.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, este ano em etapas separadas para a indústria (online, de 1 a 5 de março) e para o público (presencial, de 9 e 20 de junho). Um momento certo para lembrar que outra obra de Amarante, "Cidade pequena", de 2016, também passou por Berlim, onde conquistou o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem. Vê-se aqui.
E no fim, um princípio. O princípio do prazer (e da esperança, já agora), sem o qual nada disto interessa. Nubya Garcia, excelsa saxofonista de jazz britânica, entregou a sublime "The message continues", do álbum "Source", ao tratamento dançável, fundamentalmente house, de Mark de Clive-Lowe. A continuar.
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